sexta-feira, 16 de maio de 2008

Tenho uma relação estranha com a vida. Ou com o Destino, para quem acredita nele.
Como queiram.

Tem o condão de colocar na minha vida pessoas e animais verdadeiramente excepcionais. Entram na minha vida e preenchem os meus dias e o meu coração com tudo o que de bom têm... Eu acabo sempre por me afeiçoar, por me dar com todo o meu coração e toda a minha alma.
Isso até seria bom...

Sim, não fosse o caso de, sem excepção (pelo menos até agora), a todos ter de deixar partir, levando um bocadinho de mim e deixando os meus dias vazios das suas presenças e repletos de memórias e de saudades dos momentos vividos.


Crueldade tamanha, esta da vida. Não é justo: mostra-me o que tem de melhor para depois me obrigar de novo a viver sozinha o vazio que fica depois da partida. Gostava de me vingar, tal como diz a Mafalda Veiga

"... do que a vida foi fazendo sem nos avisar
foi-se acumulando em fotografias
em distâncias e saudades
Numa dor que nunca acaba
e faz transbordar os dias..."

São assim os meus dias, ora com o que a vida de melhor me dá, ora com a saudade do que fui obrigada a deixar partir...

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