sábado, 29 de dezembro de 2007

Para o novo ano

Quando chega a noite do novo ano, toda a gente tem desejos. Doze, segundo a tradição. Quantos se concretizarão...?
Eu, tenho um só, para mim e para todos: ser feliz.

Que neste ano todos os desejos se realizem.
A receita é simples:

When you wish upon a star
Makes no difference who you are
Anything your heart desires
Will come to you

Com um pouco de loucura de viver, a Felicidade conquista-se dia a dia.

Feliz Ano Novo.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Levas-me... ?


"Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
Birds fly over the rainbow
Why, then, oh why can't I? ..."

http://www.youtube.com/watch?v=10w_sEcHlGs


domingo, 23 de dezembro de 2007

E porque é Natal...


A mensagem do presépio é universal, intemporal e válida mesmo para quem não acredita. Aquele menino deitado numa mangedoura sob o olhar carinhoso dos pais lembra-nos que o Natal é para ser vivido com simplicidade, na companhia dos que mais amamos, e numa dádiva permanente para todos aqueles com quem nos cruzamos ao longo da vida.

Um Feliz Natal para todos.

sábado, 22 de dezembro de 2007

A propósito do Natal...

Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene

Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se as gazuas
Corre o cavalo nas veias

Há uma luz na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata?
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data

A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells

Rui Veloso - Presépio de lata.

Se puderem, procurem a música. Vale a pena ouvir... e pensar.

sábado, 15 de dezembro de 2007

À tarde no jardim

A luz do sol já se quer ir embora, e o crepúsculo vai-se instalando.
Do cimo de uma raiz de árvore que um dia foi magestosa, o mundo parece muito mais pequeno e insignificante. É como se fosse de novo menina e corresse por entre os canteiros deste novo jardim com a única preocupação de não esfolar os joelhos.

Descendo deste trono improvisado recosto-me num banco do jardim, admirando as estrelas que lá do alto me vão sorrindo, cúmplices.

Desta vez não sou eu que ascendo, é o céu que desce até junto de mim, me abraça e me vem fazer companhia neste banco recostado ao lado de um coreto de onde sai uma música que pode ser sentida, mas não escutada...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Baloiço


Lembro-me dos meus tempos de miúda, em que um baloiço era o máximo de liberdade a que nós, crianças, poderíamos aspirar.
Agora que cresci queria de novo um baloiço. Mas desta vez um que me levasse para longe do mundo que me prende à terra e me fizesse voar com os pássaros. Queria subir em direcção a um outro mundo qualquer sem âncoras, onde os limites seriam apenas os que nos seriam impostos pela nossa própria imaginação.

Sim, queria voar com os pássaros. Depender apenas de mim, quebrar todas as cadeias e simplesmente... ser feliz.

domingo, 9 de dezembro de 2007

A hora da saudade


Antes de dormir. É essa a hora da saudade.

É como se todos os muros que construímos em torno do nosso coração se desfizessem como blocos de gelo a derreter ao sol... Ficamos mais frágeis e a saudade ataca, trazendo-nos à memória o que gostaríamos de ter conosco e ao coração a dolorosa consciência de que isso não é verdade.

Sem nada que nos leve para longe senão o nosso pensamento, vagueamos nas suas asas na ânsia de que o sono chegue e o sonho nos traga o desejado...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Olhar

Esta é uma noite para me lembrar
que há qualquer coisa infinita como um firmamento
um sorriso, um abraço
que transcende o tempo.

E ter medo como dantes

de acordar a meio da noite

a precisar de um regaço.
Mafalda Veiga

Não é só o firmamento que é infinito. A nossa alma também, e um olhar também o pode ser. Um olhar perdido no meio de um abraço, um olhar que nos trespassa a alma e se aloja de mansinho dentro do peito...
Fica para sempre guardado com as memórias e as saudades que não passam, transcendendo o passar das horas e dos dias, sempre longe e sempre presente, no cantinho onde ficou num momento que aconteceu, mas que não passa.


sábado, 1 de dezembro de 2007

Fly me to the moon

Dia invernoso. O céu lá fora está cinzento mas cá dentro o calor faz-me sentir bem, aconchegada. Ao som de Frank Sinatra deixo-me levar para dentro de um filme antigo.

Tudo está a preto e branco, e pela minha porta entra um galã de cinema que me convida para dançar, cúmplice, quem sabe, da música sonhadora que se faz ouvir. Aceito e dançamos pelo dia fora, mas em direcção ao firmamento. O salão de dança passou a ser o céu estrelado e eu tenho um vestido comprido e etéreo, debruado a plumas e brilhantes.
"Fly me to the moon", vai cantando Sinatra, e nós rodopiamos cada vez mais esquecidos do que nos rodeia.

"Moonlight serenade" é a música que me traz de volta. Estou de novo sozinha sentada junto à janela, mas no meu bolso descubro... uma pluma negra.