... e de repente entraste pela minha porta, com um sorriso de sol que me encheu o quarto e uns braços quentes de noite que me arrebataram do enlevo em que o sono já me havia envolvido.
O salão de baile era do tamanho do firmamento e espelhos de nuvens multiplicavam a nossa imagem enquanto rodopiávamos, perdidos do mundo, perdidos em nós, encontrados no olhar e nos braços um do outro.
Corpo com corpo, coração com coração, alma com alma, era assim que a música nos levava (ou elevava) numa dança sem fim, etérea mas imortal, imensa, para além do espaço e do tempo...
Sonhei? Não creio. O meu coração ainda bate ao ritmo da música que me vai dançando nos ouvidos. Mas tu, onde estás?
"no pares... quiero quedar-me en tus brazos..."