É feita em cada entrega alucinada
para receber daquilo que aumenta o coração"
Mafalda Veiga, Restolho
Durante a noite o meu coração encheu-se com um sentimento que, tal como fermento, cresceu mais do que eu queria. De manhã, a transbordar e à força de tanto bater, saltou-me do peito...
Agora tenho-o nas mãos. Já não é meu...
Sem a protecção dos muros que já tinha construído à sua volta e do meu corpo que impedia que o tocassem, não sei bem como mantê-lo inteiro. Vou tentando equilibrá-lo para que não caia, de mãos estendidas, uma para o proteger, a outra para o entregar. Tenho ainda a esperança que outro peito, maior que o meu, seja capaz de o acolher e sossegar. Pode ser que bata mais de mansinho e um dia possa voltar para de onde partiu, quem sabe acompanhado.
Agora tenho-o nas mãos. Já não é meu...
Sem a protecção dos muros que já tinha construído à sua volta e do meu corpo que impedia que o tocassem, não sei bem como mantê-lo inteiro. Vou tentando equilibrá-lo para que não caia, de mãos estendidas, uma para o proteger, a outra para o entregar. Tenho ainda a esperança que outro peito, maior que o meu, seja capaz de o acolher e sossegar. Pode ser que bata mais de mansinho e um dia possa voltar para de onde partiu, quem sabe acompanhado.