sábado, 28 de junho de 2008

Lua Nova


Desta vez a minha noite é solitária.
Pela minha janela entra o cheirinho da maresia da Figueira e dos campos do Mondego, numa noite cálida de Verão. No céu, lua nova. Nem o luar aparece para trazer um pouco de luz à escuridão do quarto (e de mim, porque não?)
Sobre a minha cama sou uma massa que jaz inerte, sem forças nem vontade e que, embora presa à terra, permito-me em pensamento vaguear por outros espaços e outras noites, estas com luar... Foi algures por aí que ficou o meu coração. Pergunto-me se alguma vez o recuperarei.
É a sombra felina do meu gato que me traz de volta à realidade. Aninha-se no meu colo e ronrona, convidando-me a fechar os olhos e dormir um sono sem sonhos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Dois corpos, o teu e o meu, jazem sem forças nestas noites quentes, em que as recordações teimam em não nos deixar e... sozinhas, deixámos cair uma lágrima, com a saudade no peito daquilo que se viveu sem sabermos se se torna a repetir...
Beijo grande amiga!!!
Su

Anónimo disse...

Coração perdido... será minha querida, que ninguém o consegue encontrar? Ou não quer?
Um coração não pode andar perdido muito tempo. Deixa-o vaguear, pode ser que noutras paragens seja encontrado e te seja devolvido envolto na ternura de um beijo.