terça-feira, 25 de março de 2008

Tempo

O Tempo perguntou ao Tempo
quanto Tempo o Tempo tem.

O Tempo respondeu ao Tempo
que o Tempo tem tanto Tempo

quanto Tempo o Tempo tem.


A marcha inexorável dos dias...
O passar interminável das horas...
Nada no Tempo é preciso, nada no Tempo é exacto.

As horas passam lentas, prolongando os dias e aumentando as saudades... ou então correm rápidas, fugindo-nos por entre os dedos os momentos em que somos mais felizes.
Os dias são inimigos. Arrastam-se, um atrás do outro, demorando esperas intermináveis. Transformam-se em minutos quando são desejados.

O Tempo não tem Tempo.
Tem esperas e tem fugas, tem demoras e corridas.

Em alguns momentos (mágicos e únicos), é capaz de parar e conter todo o firmamento num segundo, transmitindo num olhar um longo poema, escrito com o som do bater uníssono de dois corações. Mas logo a seguir corre e recupera. E quando damos por nós... não é mais que uma lembrança.

3 comentários:

Anónimo disse...

Gosto do que escreves Queen.
Também eu sinto o Tempo como um inimigo que me leva para longe as horas de felicidade e me prolonga as de agonizante espera.
Mas por isso mesmo somos mortais, subjugados ao passar inclemente do Tempo. Resta-nos apenas por isso aproveitar o pouco que ele nos dá, viver com toda a intensidade e com toda a paixão de que os nossos corações humanos são capazes.
Carpe Diem.

Rita disse...

E como é que se faz isso cavaleiro? Mesmo vivendo com toda essa intensidade o tempo não chega para o que tenho para lhe dar. Pelo contrário, voa e rouba-me o que me é precioso deixando-me só, a ansiar pelo que não se repete.

Anónimo disse...

Sim, o tempo nunca chega. E nada se repete. Basta-te apenas viver o que passa, e encarar cada dia como uma oportunidade de ter ainda melhor. Guarda o passado, mas é o futuro que tens de viver, pois se o fizeres com o coração e com toda a paixão de que és capaz, cada dia é sempre melhor que o anterior.