terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eros e Psyche

Canova, "Eros e Psyche"

Divinos e humanos, num abraço infindável que nem a eternidade poderá desenlaçar. Os ponteiros não seguem o seu caminho, o espaço não existe e o tempo não o é. Nada em volta tem significado, nada mais é real. Só os dois, abraçados, enlaçados, envolvidos um no outro numa união perfeita de corpo e alma. Fundem-se num só ser sobre-humano, sublime, incomeço e infinito, subtraídos ao mundo terreno pelos seus próprios braços, pelos seus corações uníssonos.

Eros perdido no olhar de Psyche, abandonada aos braços de Eros. Juntos são um só. Como num círculo uno e perfeito, ele tem origem nela, ela forma-se a partir dele. Impossível dizer qual é qual.

Um beijo, um olhar, a ternura de um abraço que não tem fim. A paz do silêncio, o tempo que não passa e os dois continuam um...

1 comentário:

Myrtha disse...

Porque o que os une, é exactamente o que os separa.