terça-feira, 10 de julho de 2007

Solidão acompanhada

Como é que é possível que no meio de uma multidão nos possamos sentir sozinhos? É como se aquelas presenças fossem para nós vasilhames vazios, sem conteúdo capaz de saciar a nossa sede por algo mais que uma simples presença...
Presença... física, entenda-se. Porque se o corpo está sem a alma é como se nada ali existisse de facto. Quantas vezes a própria multidão se sente só...

E aqui estamos nós, lado a lado, cada qual a sentir-se sozinho e a desejar ardentemente a presença efectiva do outro. Que será que é preciso para quebrar esses muros invisíveis que nos separam?

1 comentário:

The_new_hope disse...

Não há barreiras nós é que as criamos. Uns por vergonha outros pelo medo do desconhecido, outros por pudor, desconfiança ou mesmo sbmissão criam barreiras intransponiveis.
Não podemos esquecer que os escravos dos EUA quandolhes foi dada a liberdade optaram por ficar no mundo que conheciam, sob as ordens dos seus Senhores.

A violência doméstica é apogeu desta maxima, e refiro-me a ambos os sexos. Já constatamos pelomenos alguma vez que uma pessoa mesmo alvo da violência desculpa o agressor justificando que não foi de proposito, não volta a repetir.
Que será isto se não um receio de enfrentar a parte da vida que desconhecemos.

Temos de arriscar e quebrar os dogmas e preconceitos só assim viveremos realmente. Só assim conseguiremos ultrapassar as barreiras que nos enclausuram num mundo onde mais ninguém chega...
O NOSSO.