terça-feira, 26 de junho de 2007

Prioridades. Outras.

O tempo é líquido. Escapa-se-nos por entre os dedos. Parece que quanto mais o tentamos parar, mais ele escorre, veloz e implacável, para onde já não é possível apanhá-lo.

Nunca há tempo, e por isso mesmo pensamos sempre no amigo que temos de rever, no doente para visitar, na tristeza que precisa de consolo ou na alegria que tem de ser partilhada. Só que hoje não posso. Amanhã também não. Pode ser que a seguir dê. Mas aparece sempre que fazer... E adiamos.

Quando damos conta, o amigo já partiu, o doente melhorou sozinho, o triste já não precisa de consolo e a alegria deixou de o ser.
Tempo, para quê?

1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente o tempo é algo ingrato e de certa forma constrangedor… O pior é mesmo quando adiamos muito certas coisas… Quando temos a oportunidade ou a hipótese para ‘remediar’ a situação, nem tem muito mal…

Mas quantas coisas adiamos nós e depois já é tarde para voltar atrás? Quantas coisas perdemos por não querermos estar no sítio certo, na hora certa? Quantas coisas perdemos por não querermos avançar ou lutar pelo que queremos? Quantas coisas nos escapam só porque achamos que temos tempo?

Acho que podia fazer um sem fim de perguntas… Mas para quê? O importante não é a quantidade de perguntas que fazemos, mas a qualidade das respostas que pensamos…

O tempo nunca está a nosso favor… corre mais depressa do que aquilo que podemos pensar… mas há sempre uma coisa que o tempo não pode nem nunca conseguirá controlar… e isso é que nos faz deixar de estarmos aqui a escrever, escrever, escrever ou falar, falar, falar…

O que fazemos com o nosso tempo e as prioridades que lhe damos, só dependem de nós… e o tempo, por muito que queira, não consegue fazer mais ‘estragos’ do que nós…